"Brexit foi uma grande rutura", diz PM da Irlanda

"Brexit foi uma grande rutura", diz PM da Irlanda
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De  Isabel Marques da SilvaShona Murray
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O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, disse à euronews que o atraso para obter do Brexit o acordo e a complexidade da implementação trarão grandes prejuízos.

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A Irlanda enfrenta uma tempestade perfeita de complicações devido à sobreposição dos problemas decorrentes da pandemia com os problemas derivados do Brexit.

A efetiva saída do Reino Unido da União Europeia gerou problemas para este país vizinho muito próximo e dependente ao nível do comércio, sendo que há questões burocráticas novas qua atrasam os fornecimentos.

O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, disse à euronews que o atraso para obter o acordo do Brexit e a complexidade da implementação trarão grandes prejuízos financeiros e desemprego.

"A minha opinião sempre foi que o Brexit - e falo da minha visão política - foi um dos grandes erros a nível histórico. Acredito firmemente nisso. Isto significou uma grande rutura porque o Reino Unido saiu do mercado único e da união aduaneira, o que tem consequências em termos da circulação de mercadorias e serviços. Penso que tal não foi bem compreendido. No Reino Unido, desde o início, havia a ideia de que poderiam simplesmente deixar a Europa mas manter o mesmo tipo de acesso, totalmente irrestrito, ao mercado único e à união aduaneira. E isso nunca poderia acontecer", disse o chefe de governo irlandês.

Vacinas devem ser adquiridas em conjunto

A Irlanda chegou a se um caso exemplar na contenção da Covid-19, mas o relaxamento de medidas de confianamento durantes as festas de fim de ano casou um aumento exponencial da contaminação.

A campanha da vacinação está envolta em polémica um pouco por toda a União Europeia devido a queixas de diferença de tratamento dos países no acesso aos lotes.

O facto da Alemanha ter negociado um acordo unilateral com uma farmacêutica antes de ser fechado o acordo pela Comissão Europeia não é bem visto pelo líder irlandês.

"Não penso que seja bom fazer acordos bilaterais, não está no espírito da decisão do Conselho Europeu nem do esforço de coordenação da Comissão Europeia. Se algum país quiser seguir por esse caminho, irá para o fim da fila quando se tratar de ativar a opção de vacinas adicionais", disse Micheál Martin.

A Comissão Europeia tem insistido que existe um acordo juridicamente vinculativo para todos os 27 países sobre a aquisição da vacinas já aprovadas e daquelas em fase de negociação.

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