Eleições Legislativas num Kosovo à procura da estabilidade política

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Os eleitores do Kosovo votam, este domingo, para escolherem os membros do novo parlamento. É mais uma tentativa de alcançarem a estabilidade política.

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Este domingo, 1,8 milhões de eleitores do Kosovo vão escolher os membros do novo parlamento. As sondagens dão vitória à Autodeterminação (Vetëvendosje), liderada por Albin Kurti.

Kurti, que tem também o apoio da presidente em exercício, Vjosa Osmani, apelou aos eleitores: "É um momento de referendo. No próximo dia 14 de fevereiro vão decidir por um futuro mais brilhante, onde Vjosa como presidente e eu como primeiro-ministro seremos responsáveis, devotados e vos serviremos". Confia em Vjosa e confia em mim".

Os outros líderes partidários tentam também o tudo por tudo. O líder do Partido Democrático, Enver Hoxhaj, diz que ele é o único sério candidato a ser primeiro-ministro na segunda-feira, já que os outros nem sequer deviam estar na lista. "Presumo que saibam que eles nem sequer deviam ser candidatos", afirma num comício de campanha.

A Liga Democrática do Kosovo estave no poder até junho passado, altura em foi derrubada pelo Tribunal Constitucional, mas ainda tem grandes expectativas de vencer esta eleição.

O primeiro-ministro em exercício, Avdullah Hoti, diz que espera que a Liga seja confirmada como primeiro partido do Kosovo com uma maioria esmagadora e afirma que as verdadeiras sondagens são no domingo quando o povo votar.

Os principais desafios do novo governo são a corrupção, as dificuldades económicas criadas pela pandemia e o diálogo com a Sérvia.

Jeta Xharra. Diretora Executiva da Rede de Investigação Jornalística dos Balcãs (BIRN), deixa aviso aos novos líderes: "A população local do Kosovo espera do próximo governo, após estas eleições, que se ocupe principalmente da corrupção. Na cena internacional espera-se que esta nova elite que irá tomar o poder após 14 de fevereiro faça um acordo final, assine um acordo final com a Sérvia".

Uma das primeiras missões do novo parlamento será a eleição do próximo presidente. Espera-se que essa eleição ajude a alinhar as forças da coligação governamental.

Ramush Haradinaj, líder da Aliança para o Futuro do Kosovo diz que é preciso salvaguardar o equilíbrio de poder:  "Vamos salvaguardar a nossa democracia parlamentar, a separação de poderes: legislativo, judicial, executivo e mesmo presidencial", diz.

O antigo Primeiro-Ministro, Albin Kurti, que chefiou o governo após as eleições de outubro de 2019, está confiante na escolha dos kosovares, mas precisa de ter em mente que o seu governo só durou 51 dias foi derrubado numa moção de desconfiança na parlamento.

Qualquer que seja o resultado do escrutínio, 2021 marca a verdadeira mudança no Kosovo. Pela primeira vez não há antigos senhores da guerra na corrida. É às novas elites que caberá assumir os destinos deste pequeno país dos balcãs.

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