Governo espanhol quer que União Europeia negoceie com os Estados Unidos da América a suspensões das tarifas aduaneiras aos produtos espanhóis, onde se inclui o azeite
Espanha quer que a União Europeia negoceie com os Estados Unidos da América a suspensão das tarifas norte-americanas sobre as importações alimentares espanholas, em especial sobre o azeite e sobre as azeitonas de mesa.
De acordo com dados da Associação Espanhola de Jovens Agricultores, as exportações espanholas de azeite engarrafado para os Estados Unidos caíram 81% em 2020, em comparação com 2019.
Este ano, o país terá, segundo dados da União Europeia, um aumento de 16% na produção de azeite, em relação à safra anterior, ao contrário do que acontece em países como Grécia, Itália ou Portugal, onde se estima uma quebra das produções que vão dos 4% aos 30%.
Em 2016, Espanha assumiu-se como o maior exportador europeu de azeite para os Estados Unidos no entanto, após a imposição das tarifas norte-americanas, em outubro de 2019, esse lugar foi ocupado pela Itália. Em 2020, a situação manteve-se com, também, Portugal e Tunísia a aumentarem as exportações de azeite para os Estados Unidos beneficiando, assim, em parte, com as tarifas aduaneiras impostas ao azeite espanhol.
A imposição de tarifas punitivas mútuas entre os Estados Unidos e a União Europeia são consequência de uma quezília, que se arrasta desde 2004, sobre práticas comerciais que envolve as empresas aeronáuticas Boeing e Airbus.