Marcelo Rebelo de Sousa critica a forma como alguns países europeus lidaram com as dúvidas acerca da vacina da AstraZeneca
Portugal voltou a integrar a vacina da AstraZeneca no plano de combate à Covid-19. O país esteve entre os que suspenderam a utilização da substância, depois de casos de coágulos terem sido reportados na Noruega.
Suspensões unilaterais que levaram a Agência Europeia do Medicamento a reunir-se de urgência e a reavaliar a vacina. O Presidente da República lamenta que a União Europeia não tenha atuado de forma concertada. Marcelo Rebelo de Sousa espera que se aprenda com a lição e que o espaço europeu não seja "um somatório de egoísmos".
"Não é correr bem, cada um por si, isoladamente, tomar a decisão de suspender ou não suspender", afirma o chefe de Estadio, acrescentando qchar que teria sido preferível que, "a Europa, como um todo, tendo dúvidas científicas as dirigisse - como veio a acontecer - a uma entidade competente para o efeito e atuando em conformidade".
O presidente português espera que seja "uma lição para o futuro" porque "a Europa não pode ser o reino dos egoísmos e dos individualismoa. Tem de ser um projecto comunitário."
Para Marcelo Rebelo de Sousa, as dúvidas levantadas sobre a vacina da AstraZeneca tiveram "consequências em todos os países da União Europeia". Lembra que agora é preciso correr ainda mais contra o tempo e "recuperar o calendário que se atrasou".
Em Portugal, as autoridades querem ter "cerca de 70% da população vacinada" antes do final do verão.