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Gronelândia dividida entre ambiente e economia

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Direitos de autor  (Photo : Emil Helms/Ritzau Scanpix)
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De Bruno Sousa
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Exploração mineira do território desempenha um papel decisivo nas eleições antecipadas de terça-feira

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Esta terça-feira é dia de eleições na Gronelândia. O território autónomo tem pouco mais de 55 mil habitantes mas uma enorme riqueza em termos minerais e foi esse pormenor que motivou a realização de eleições antecipadas.

O fim da coligação governamental deveu-se à falta de consenso relativamente ao projeto Kuannersuit, no sul do território, que ainda espera a luz verde das autoridades e que prevê a criação de uma mina para explorar o depósito de metais raros.

A Gronelândia tem o maior filão de metais raros por explorar do planeta e não foi por acaso que Donald Trump sugeriu a possibilidade de comprar a ilha em 2019. Este projeto é visto como a porta de entrada para investidores estrangeiros mas também levanta preocupações com o impacto ambiental.

Uma sondagem da universidade local dá a vitória ao maior partido da oposição e se isso acontecer, o futuro da exploração mineira está em causa. Mariane Paviasen não deixa margem para dúvidas e diz que se o seu partido vencer, coloca um ponto final no projeto. Para a deputada, o futuro do território passa pelo desenvolvimento da indústria alimentar.

O partido no poder concorda com a necessidade de diversificar as fontes de rendimentos, mas refere que o projeto é essencial para a frágil economia local e que toda a credibilidade do território está em causa.

Erik Jensen sublinha a importância de desenvolver projetos mineiros para estimular o crescimento e aumentar as receitas, uma vez que não podem contar apenas com os rendimentos da indústria pesqueira.

A guerra entre o ambiente e a economia promete animar as eleições num dos territórios mais afetados pelas alterações climáticas mas que ainda não assinou o Acordo de Paris. Também aqui, a assinatura está dependente de quem vencer o escrutínio.

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