Biden quer Congresso a fazer reformas às práticas policiais

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De  Nara Madeira com AP, AFP
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"Um passo gigantesco em direção à justiça", foi assim que Joe Biden se referiu à condenação Derek Chauvin pela morte de George Floyd.

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"Um passo gigantesco em direção à justiça", foi assim que Joe Biden, o presidente dos EUA, se referiu ao facto de Derek Chauvin ter sido considerado culpado pela morte de George Floyd. O ex-agente da polícia pode ser condenado a várias décadas de encarceramento. O júri considerou o arguido culpado de homicídio em segundo e terceiro graus e homicídio involuntário, pela morte do afro-americano em maio de 2020.

Este desfecho era há muito aguardado pela família de Floyd. LaTonya Floyd, irmão do jovem dizia, a um canal de televisão dos EUA, que ver Chauvin _"_sair algemado daquele tribunal", como o seu "irmão esteve algemado", fê-la "ver que ele já não tem poder, já não tem controlo. É o meu irmão que controla agora", desabafou.

As imagens correram e chocaram o mundo. O momento em que o polícia fazia pressão, com o joelho, sobre o pescoço de George Floyd enquanto este lhe pedia para parar porque não conseguia respirar. Um choque que se espelhou nas ruas de várias cidades dos EUA com protestos, algumas vezes violentos e com um momento que ficará para a história, o de polícias, por todo o país, a ajoalharem-se perante os manifestantes. 

Mas o momento agora é outro e em Mineápolis, onde tudo aconteceu viveu-se com satisfação este desfecho. O reverendo Al Sharpton, ativista dos Direitos Civis, fez questão de frisar que não é a prisão de um homem que se celebra: _"_preferíamos que o George estivesse vivo, mas celebramos o facto de os jovens, brancos e negros, alguns castigados estarem aqui esta noite, nesta luta que vai continuar", explicou aos jornalistas.

Biden saudou, de facto, a decisão que traz para a luz do dia os problemas raciais que continuam a existir no país. Mas lembrou "o_ veredicto não traz George de volta"_. Ainda assim, frisou o presidente, "através da dor da família, eles estão a encontrar um propósito, pelo que o legado de George não será apenas sobre a sua morte, mas sobre o que devemos fazer em sua memória".

É por isso que Biden exige do Congresso dos EUA reformas às práticas policiais já que a condenação não apaga aquilo a que o próprio chefe de Estado chama de "racismo sistémico" que mina o país. 

Numa comunicação ao país o presidente agradeceu aos polícias que testemunharam no julgamento enquanto ia dizendo que é fundamental garantir que ninguém "temem a interação com as autoridades policiais".

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