Migrantes menores perdidos numa crise maior em Ceuta

Migrantes menores vindos de Marrocos, Ceuta - FRFT
Migrantes menores vindos de Marrocos, Ceuta - FRFT Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De  Patricia Tavares
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Dezenas de menores percorrem as ruas desta cidade espanhola no Norte de África à espera do momento certo para atravessar o Estreito de Gibraltar e começar uma nova vida na Europa.

PUBLICIDADE

Uma grande crise migratória que também deixa consequências "menores" nas ruas de Ceuta. São consequências que Espanha vai demorar a esquecer. Dezenas de menores percorrem as ruas desta cidade espanhola no Norte de África à espera do momento certo para atravessar o Estreito de Gibraltar e começar uma nova vida na Europa. Fogem à polícia noite e dia, porque as autoridades já repatriaram 6.500 dos 8 mil migrantes que chegaram na semana passada, muitos vieram a nado de Marrocos.

Do outro lado da fronteira, centenas de famílias angustiadas ainda não conseguiram localizar os seus filhos. A lei espanhola protege-os. Enquanto os adultos são expulsos, os menores não podem ser devolvidos a Marrocos sem primeiro localizarem os pais e verificarem se têm condições de vida decentes. Muitos recusaram-se a dar os nomes e fugiram dos centros de acolhimento que lhes deram abrigo. É o caso de Younes, Mohamed e Skakin. Têm entre doze e catorze anos e procuram um local para passar a noite.

Claro que temos medo. Tentamos encontrar um lugar onde não haja muita gente. O pouco dinheiro que temos foi confiado a um amigo que o guarda.
Younes
Migrante - 12 anos
Espero que a polícia não venha para nos levar de volta para o centro. Não é bom estar lá, não há nada.
Mohamed
Migrante - 14 anos
Sei que a minha mãe anda à minha procura, ela quer que eu volte para Marrocos, mas eu não quero voltar.
Skakin
Migrante - 14 anos

A história repete-se noutros parques e recantos da cidade. Durante a noite a angústia consome centenas de famílias em Marrocos, mas a maior parte delas sonha em começar uma nova vida na Europa.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cinco mortos em assalto à fronteira de Melilla

Ex-ministra da Imigração julgada por separar requerentes de asilo

Grécia constrói nova vedação na fronteira com a Turquia