Atletas a postos para brilhar em Tóquio

A cerimónia de abertura está marcada para sexta-feira mas em Tóquio, os Jogos Olímpicos já começaram, com o início dos torneios de softbol e futebol esta quarta-feira. Uma pequena fatia dos mais de onze mil atletas que estarão em ação na capital japonesa até dia 8 de agosto e que além de terem pela frente o desafio para o qual se prepararam a vida inteira, têm ainda de se preocupar com o crescente número de casos de covid-19 no país.
A euronews falou com a britânica Abigail Irozuru para saber como é o dia-a-dia de um atleta olímpico:
"As restrições em vigor significam que, neste momento, temos de fazer um teste todas as manhãs, antes das 10h, para termos a certeza que estamos saudáveis e só podemos sair do hotel para treinar. Na pista de atletismo, onde também temos uma sala com pesos e outros equipamentos. Mas o ambiente é positivo, cheio de esperança e entusiasmo, porque vamos poder representar o nosso país num grande evento desportivo."
Para a atleta britânica, nem o facto de competir perante bancadas vazias é suficiente para a desmotivar:
"Competir sem espectadores será seguramente uma desilusão mas penso que os atletas irão compreender que estão a participar nos Jogos Olímpicos. Sabem que estarão a ser acompanhados por milhões de adeptos em todo o mundo, através da televisão, de telemóveis ou da internet. Penso que basta ter essa consciência para sentir o fogo que nos faz saltar mais, lançar mais longe, correr mais depressa e conseguir uma grande prestação."
Mesmo sem convidados e com um ano de atraso relativamente ao previsto, a maior festa do desporto mundial está a começar. Nas próximas duas semanas, as atenções dos adeptos estarão voltadas para modalidades que regressam à ribalta depois de quatro anos, ou neste caso cinco, condenadas ao esquecimento. Em comum, o sonho de conquistar uma das 339 medalhas de ouro que estarão em discussão em Tóquio.