Os dois países anunciaram a suspensão temporária de deportações para o Afeganistão
A Alemanha e os Países Baixos faziam parte do grupo de seis países que pediu à Comissão Europeia para não suspender o processo de deportação de requerentes de asilo com pedidos rejeitados.
Esta quarta-feira, através da conta do Twitter, o porta-voz do Ministério do Interior explicou que a posição sobre as deportações foi alterada tendo em conta a instabilidade e insegurança no Afeganistão. Steve Alter sublinhou que há quase 30 mil afegãos na Alemanha que têm de sair e disse que o ministério “continua a ser da opinião que há pessoas que precisam de deixar o país, o mais depressa possível".
Steffen Seibert, o porta-voz do governo de Berlim, destacou que a situação tem de ser examinada à luz dos próximos desenvolvimentos e em contacto com os parceiros europeus”.
Na semana passada, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grécia e Países Baixos pediram à União Europeia para "intensificar as conversações" com o governo afegão e garantir que as deportações de refugiados podem continuar em segurança.
Na resposta, Bruxelas disse que cabe a cada estado-membro fazer uma avaliação individual sobre se o regresso é ou não possível.
Mais de 1 milhão de migrantes foram para a Alemanha em 2015 à procura de asilo. A maioria é proveniente de países devastados por guerras civis como a Síria, o Afeganistão e o Iraque.