Depressão tropical a caminho do Haiti

Depressão tropical a caminho do Haiti
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De  Euronews com AP
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Ainda com as buscas por sobreviventes do terramoto a decorrer, o Haiti prepara-se para receber a depressão tropical Grace.

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No Haiti as buscas por sobreviventes do terramoto que, este sábado, abalou sobretudo o sudoeste do país continuam, aumentando o número de feridos a dar entrada nos hospitais. Mas as operações, já por si difíceis, podem ser agravadas com a chegada da depressão tropical Grace, nas próximas horas

No hospital de Les Cayes, os feridos chegam como podem, ficam onde dá. São muitos, demasiados para as infraestruturas e pessoal hospitalar já castigados pela falta de meios e os efeitos da covid-19.

E enquanto o país ainda conta as vítimas mortais do terramoto deste sábado, já acima do milhar, nada parece ajudar aquele que é o país mais pobre da América.

Depois do tremor de terra de magnitude 7,2 na escala de Richter, o Haiti prepara-se para receber a depressão tropical Grace que se começa a ganhar força no triângulo das Bermudas.

A crise humanitária em que o país vive mergulhado é explicada à Euronews por Florent del Pinto, gestor do Centro de Operações de Emergência do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho

"A situação já era bastante vulnerável antes e esta crise é uma crise no topo de uma outra crise, se assim podemos dizer, porque já tivemos uma enorme instabilidade política, tivemos violência, insegurança em geral, temos a pandemia da covid e, além disso, mais de 40% da população do Haiti sofre com insegurança alimentar. Portanto, o nível de vulnerabilidade dessas pessoas já é bastante elevado. Agora, prevemos também a chegada de uma depressão tropical nas próximas horas".

As autoridades contam mais de sete mil casas totalmente destruídas pelo sismo, cinco mil danificadas. À falta de alternativas, um campo de futebol serve para passar a noite.

Hospitais, escolas e outros edifícios também não foram poupados.

A ajuda humanitária está já a chegar ao país. No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) teme dificuldades no abastecimento. 

De acordo com a diretora executiva da UNICEF, Henrietta H. Fore, a presença de grupos criminosos ao longo da estrada principal que liga a capital do Haiti, Port-au-Prince, à região mais afetada pelo terramoto pode pôr em causa a chegada de bens às populações necessitadas.

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