Em contrarrelógio, a par com os aviões americanos, dezenas de aviões europeus, transportam milhares de pessoas todos os dias para o Paquistão
No aeroporto de Cabul prossegue a corrida contra o tempo. Todo o esforço será insuficiente para retirar até 31 de agosto todos os que querem deixar o Afeganistão. O objetivo é retirar o maior número possível.
O repórter Philip Crowther tem seguido as chegadas de refugiados ao Paquistão:
"O ritmo das evacuações no aeroporto de Cabul está a aumentar significativamente e tem de ser assim, porque ainda há muitos estrangeiros e afegãos que trabalharam com a coligação liderada pelos Estados Unidos e outros que estão simplesmente com medo, que querem entrar num avião e ficar em segurança.
Não são apenas os Estados Unidos que estão a enviar aviões. Na terça-feira, por exemplo, 57 aviões de outros países posaram em Cabul. Alguns voltaram aqui para Islamabad onde está uma das portas aéreas europeias, com aviões belgas, holandeses e luxemburgueses transportando os evacuados para longe do Afeganistão e daqui para a Europa.
Esses são os sortudos porque as forças dos Estados Unidos deixarão o Afeganistão em breve e os militares aliados também não ficarão por aqui.
A cada dia que passa, a chances de sair estão a diminuir".