União Europeia procura saída da crise energética

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Direitos de autor JEAN-FRANCOIS BADIAS/AFP
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Problema provoca divisões entre os Estados-membros

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A União Europeia está à procura de uma abordagem comum para a escalada dos preços do gás e da eletricidade. O assunto chegou à sessão plenária do Parlamento Europeu desta quarta-feira, em Estrasburgo.

Vários eurodeputados defendem uma investigação sobre o mercado europeu do gás. Também querem uma redução da dependência europeia o quanto antes.

"Temos de garantir que nenhum Estado ou ator estatal, seja a Federação Russa, a Gazprom ou qualquer outra entidade, manipule e influencie os preços europeus da energia", sublinhou Siegfried Mureșan, eurodeputado romeno do Grupo do Partido Popular Europeu.

Vários países, incluindo França e Espanha, assinaram uma declaração conjunta. O documento propõe a compra conjunta de reservas de gás e a mudança das regras que regem os mercados energéticos da União Europeia para limitar a especulação.

"A experiência diz-nos que cada Estado é mais fraco quando está por conta própria e que, individualmente, os Governos estão reféns da especulação dos preços, chegando mesmo a competir uns com os outros", lembrou a eurodeputada socialista espanhola Iratxe García Pérez.

A escalada de preços também foi tema de conversa à mesa do jantar informal dos chefes de Estado e de Governo dos 27, reunidos na Eslovénia.

A Comissão Europeia apela aos Estados-membros para atribuírem fundos de apoio para os consumidores e as pequenas empresas. Bruxelas insiste que a transição verde é a melhor solução de longo prazo.

“Os preços do gás estão a disparar, mas os preços das renováveis caíram nos últimos anos e estão estáveis. Para nós está claro que em matéria energética, a longo prazo, é importante investir em energias renováveis ​​que nos garantam preços estáveis e mais independência", ressalvou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A ideia não agrada a todos. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, apontou a origem do mal: "O problema para a Hungria é a nova regulação do Pacto Ecológico Europeu. Traz impostos indiretos para os proprietários de apartamentos, de casas ou de carros, o que não é aceitável."

No Parlamento Europeu, os próprios eurodeputados da bancada verde reconhecem que a transição terá um custo. Por outro lado, entendem que a dependência dos combustíveis fósseis é má para o ambiente e para a economia.

"Os combustíveis fósseis criaram a ilusão de que podemos ter energia barata e abundante e isso não é verdade", explicou Philippe Lamberts, co-líder do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia.

A dúvida permanece: até que ponto é que a União Europeia deve intervir? Alemanha e Países Baixos, por exemplo, parecem acreditar que o mercado se pode regular a si mesmo.

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