Ucrânia lembra massacre de Babi Yar

O centro Babyn Yar, um complexo em memória das vítimas do Holocausto, na Ucrânia, revelou os nomes de 159 soldados nazis das SS que participaram na matança de judeus durante um dos mais horríveis massacres nazis da Segunda Guerra Mundial, há oito décadas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky explicou que este complexo permitirá "sentir plenamente o horror, a dor e o sofrimento trazidos à humanidade pelo nazismo, racismo, antissemitismo, xenofobia e intolerância. Infelizmente, isto não ajudará aqueles que foram mortos mas ajudará os vivos, aqueles que deveriam saber, lembrar-se disso, e contar aos seus filhos e bisnetos".
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, participou na cerimónia e lembrou que o Holocausto não começou nas fábricas da morte mas na marcha para leste onde mais de um milhão de judeus foram mortos:
"Quem, no meu país, na Alemanha, conhece hoje esta parte da história do Holocausto? Quem conhece estes nomes banhados em sangue? Estes lugares não têm o seu espaço devido na nossa memória, a Ucrânia ainda está demasiado desvanecida, demasiado sombria no mapa da nossa memória", afirmou o chefe de Estado germânico.
Os críticos chamam a este complexo, construído em Kiev, a "Disneylândia do Holocausto" pelas altas tecnologias utilizadas nas apresentações e pelas esculturas da artista Marina Abramovich. Mas o que para uns é "glamour indecoroso" para outros é uma lição sobre as atrocidades cometidas pelos nazis.