Vitória nas legislativas não garante governo à oposição checa

Petr Fiala, líder da coligação Juntos (Spolu), após a vitória
Petr Fiala, líder da coligação Juntos (Spolu), após a vitória   -  Direitos de autor  Darko Bandic/The Associated Press
De  Euronews

Cabe agora a Milos Zeman, o presidente checo, nomear próximo primeiro-ministro.

A reviravolta nas legislativas checas fez-se com mais gente nas urnas. Foram 65% dos eleitores a votar, mais 5% do que há 4 anos. Não faltava, portanto, interesse em torno de um escrutínio que tudo indicava estar nas mãos do primeiro-ministro, Andrej Babis. Só que não.

Babis felicitou, durante a noite, o resultado da coligação de centro-direita Juntos, liderada por Petr Fiala, que conseguiu 27,7% dos votos, mais 6 décimas percentuais do que o partido do chefe do executivo, ANO.

Ivan Bartos, que encabeça o Partido Pirata, antissistema, aliado ao STAN, um movimento de autarcas, ficou em terceiro, com 15%, o que, ao lado da Juntos, representa em teoria 108 assentos do parlamento checo, uma maioria nos 200 mandatos a distribuir.

Foi a contagem final nas grandes cidades que inverteu os resultados preliminares e deu o avanço aos 5 partidos destas duas alianças que constituem o chamado bloco democrático contra Babis, um polémico político e milionário, acusado, entre outros, de desvio de fundos europeus.

Resta saber o que vai fazer o presidente Milos Zeman, um velho aliado de Babis, a quem cabe nomear o chefe do próximo governo.

Para já, Vit Rakusan, à frente do movimento STAN, congratula-se também pelo facto de o Partido Comunista não ter atingido os 5% necessários para estar representado no parlamento.

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