Síria: Crianças abandonadas na região de Idlib

Síria: Crianças abandonadas na região de Idlib
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Younes Abo Amin fundou a "Casa das Crianças", em Idlib, para acolher o crescente número de crianças abandonadas e já abrigou 161 meninas e meninos

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Acordar num chão frio, ou mesmo ao ar livre, não é habitual para recém-nascidos na Síria, mas é um fenómeno crescente no noroeste do país.

Visitámos uma casa que acolhe crianças abandonadas.

Khaled é um bebé que nasceu em Idlib, uma pequena área onde 3,1 milhões de pessoas estão apinhadas; a maior parte delas - cerca de 2,1 milhões -, em situação de grande necessidade, de acordo com a ONU.

Younes Abo Amin levou o bebé para a "Casa das Crianças", um espaço de acolhimento de crianças sem abrigo, desacompanhadas e de parentesco desconhecido, que fundou, e deu lhe o nome de Khaled.

"A questão das crianças, com quem estamos a lidar, é muito sensível, especialmente o caso das crianças de pais desconhecidos ou recém-nascidos, e isto está a merecer a simpatia, o cuidado e o interesse de todos, pelo que todos estão a cooperar com este assunto, especialmente que este é um fenómeno estranho no norte da Síria", afirma.

Numa sociedade conservadora, as relações adúlteras não são aceites, mas a deterioração das condições económicas pode também ser uma razão para o abandono de crianças, segundo o gerente da "Casa das Crianças", que acolheu 161 crianças desde a sua abertura há um ano e meio.

Com 20 funcionários, Younes está a tentar prestar tantos cuidados às crianças quanto o seu apertado orçamento pode oferecer, desde abrigo, alimentação, apoio psicológico e educacional até à pesquisa de uma família de acolhimento.

"Há muitas famílias que, depois da nossa casa se tornar popular, vêm inscrever-se e registar todas as suas qualidades. Fazemos uma pesquisa inicial para saber se se qualificam para adoptar a criança, depois filtramos os nomes para escolher o mais adequado. Depois, valorizamos cada família para escolher a que tem mais capacidades para responder às condições de cuidado adequadas da criança".

Após uma década de guerra, a assistência humanitária à Síria tem vindo a esmorecer e as pessoas são muitas vezes deixadas à sua sorte, face a uma terrível realidade.

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