Invocando a sua imunidade presidencial, Nicolas Sarkozy recusou-se a responder a perguntas da Justiça no julgamento do "caso das sondagens" que terão sido encomendadas pelo Eliseu durante a sua presidência. O ex-presidente francês foi convocado como testemunha.
Invocando a sua imunidade presidencial, Nicolas Sarkozy recusou-se a responder a perguntas da Justiça no julgamento do "caso das sondagens" que terão sido encomendadas pelo Eliseu durante a sua presidência. O ex-presidente francês foi convocado como testemunha num processo em que estão a ser julgados alguns dos seus antigos colaboradores.
“Refugiou-se numa disposição constitucional que interpretou a seu modo e que, em nossa opinião, não é de forma alguma a interpretação literal que se deve fazer dela. Temos porém elementos suficientes neste caso, para entender o que aconteceu e deduzir qual foi o papel, é claro, de Nicolas Sarkozy, que não será julgado, mas principalmente dos réus que hoje comparecem e que têm a sua parte de responsabilidade no sistema de desvio de dinheiro público e em contratos que acabaram sendo prejudiciais, não respeitando em todo o caso a despesa pública”, afirmou Jérôme Karsenti, advogado da associação anticorrupção Anticor.
Sarkozy considerou "perfeitamente inconstitucional" a decisão do tribunal de Paris de o forçar a comparecer na qualidade de testemunha no julgamento de 5 dos seus ex-colaboradores. São acusados de terem encomendado por ajuste direto centenas de sondagens, muitas delas sobre rivais eleitorais, pagas com dinheiro público. Segundo os réus, pretendiam responder à ordem de Sarkozy de conhecer permanentemente a opinião pública.