Revolta contra golpe de estado alarga-se aos bancos

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De  Francisco Marques
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Instituições financeiras do Sudão fecharam portas numa manifestação de desobediência civil contra o regime militar agora no poder. Primeiro-ministro deposto emite comunicado

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Os bancos do Sudão juntaram-se aos protestos civis contra o golpe de Estado em curso há uma semana e fecharam as portas numa manifestação de desobediência civil ao autoproclamado líder do governo militar agora no poder.

O primeiro-ministro deposto, Abdallah Hamdok, agora retido sob vigilância no domicílio, emitiu um comunicado através das redes sociais do Ministério da Informação, que ainda controla, a defender que saída da crise passa pela libertação dos governantes civis detidos e pela reposição do governo de transição.

O enviado das Nações Unidas a Cartum, capital sudanesa, revelou segunda-feira estarem em curso esforços de "mediação" no Sudão e no estrangeiro para se encontrar uma solução para a situação em que se encontra o país desde 25 de outubro.

Nesse dia, há pouco mais de uma semana, um grupo militar liderado pelo general Al-Burhan dissolveu o executivo de transição liderado por Hamdok, um antigo economista da ONU e nomeado para o lugar em 2019, após a deposição do antigo líder do país Omar al-Bashir.

O líder militar, que presidia ao Conselho de Soberania Sudanesa, acusou o executivo de se ter tornado uma ameaça à estabilidade no Sudão, deteve alguns dos membros do governo e assumiu o poder.

Na segunda-feira, numa entrevista à imprensa russa, citada pela France Press, o general Al-Burhan disse não ter problemas em manter Abdallah Hamdok como primeiro-ministro e promete um governo no prazo de uma semana.

A ministra dos Negócios Estrangeiros do executivo de transição, Mariam Sadeq al-Mahdi, que se encontra em liberdade, já tinha garantido no sábado à AFP que nem ela nem o primeiro-ministro concordariam em "participar neste ato grotesco, nesta traição organizado pelos golpistas".

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