Primeiro-ministro britânico ultima apelos na cimeira do clima, enquanto China e EUA anunciam compromisso mas sem detalhes.
Viam-se passos apressados e alguma agitação na COP26, porque a cimeira do clima está a acabar e urgem respostas. De repente, é anunciado em Glasgow um compromisso que surpreendentemente junta Estados Unidos e China, os dois principais poluidores do mundo.
O enviado americano, John Kerry, veio declarar que "é urgente acelerar as ações" para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, comprometendo-se a adotar com Pequim medidas determinantes ao longo da próxima década. O mesmo disseram os representantes chineses.
Mas, apesar do efeito surpresa, a grande questão está em saber quais são concretamente essas medidas, o que acabou por não ser explicado.
Apesar disso, António Guterres, secretário-geral da ONU, louvou as intenções dos dois países e escreveu no Twitter que "é um passo importante na direção certa".
Já Boris Johnson, anfitrião do encontro, afirma que a falta de um acordo global é inaceitável.
"Será incompreensível para o mundo se não conseguirmos. A reação das pessoas vai ser enorme e duradoura. E, sinceramente, vamos merecer essas críticas", afirmou o primeiro-ministro britânico.
Os protestos dos ativistas prosseguem, as acusações de inação sucedem-se, as atividades da delegação da Arábia Saudita no encontro levantam interrogações e os países em desenvolvimento continuam a salientar que, sem o apoio financeiro dos mais ricos, as metas do Acordo de Paris são impossíveis de alcançar.