COP26 entra na reta final com uma meta, mas sem medidas concretas

A poucas horas de terminar, a COP26 parece não chegar a consenso, nem ao fim. A cimeira do clima, a decorrer há duas semanas em Glasgow, Escócia, pode vir a prolongar-se pelo fim de semana, caso os líderes falhem um acordo sobre como limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima das temperaturas da era pré-industrial.
O presidente da COP26, Alok Sharma, que, esta manhã, apresentou aos signatários um rascunho final do acordo, diz que "o tempo está a esgotar-se" e reconheceu já as dificuldades no porcesso.
"Ainda não chegámos às questões mais críticas, ainda há muito mais trabalho a fazer e a COP26 termina no final de sexta-feira" alertou.
A tomada de medidas, afirmou o Secretário-Geral da ONU, é urgente.
"Permanecemos numa trajetória catastrófica de aumento da temperatura, bem acima dos dois graus celsius, portanto, as promessas de neutralidade carbónica exigem cortes rápidos e sustentados das emissões, nesta década", afirmou António Guterres.
Os políticos adotaram a retórica do ativismo, mas, para os ativistas como a diretora executiva da Greenpeace, falta adotar as propostas.
Na cimeira, Jennifer Morgan referiu que quando Joe Biden foi a Glasgow disse que "não há mais tempo para ficar para trás, ou nos sentarmos em cima do muro, ou argumentar contra nós próprios", mas, para a ativista, o presidente norte-americano "não está em cima do muro, está do lado errado", naquele que "é um momento crítico na negociação"
Considerada por muitos como a última oportunidade para salvar o planeta das alterações climáticas, o relativo êxito da COP26 reside agora no acordo unânime dos 197 países signatários.