Presença de tropas russas junto à fronteira da Ucrânia preocupa NATO

Presença de tropas russas junto à fronteira da Ucrânia preocupa NATO
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Suspeitas de tentativa de invasão prometem reavivar tensões geopolíticas

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A Europa voltou a ser desafiada a reagir às ações da Rússia. Em causa, está a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, em plena crise mais a norte, entre Bruxelas e a Bielorrússia.

Os EUA manifestaram aos aliados europeus receios de uma possível tentativa de invasão da Rússia, mas Moscovo rejeita as acusações.

Em Bruxelas, à chegada para um encontro com homólogos dos países da Parceria Oriental, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, alertou para o aumento da presença militar russa na Crimeia anexada e na região devastada pela guerra no leste da Ucrânia.

"Esta escalada militar não deve ser vista de forma isolada de outras crises e tensões que estão a ocorrer na Europa. O uso de migrantes como arma contra a Polónia, contra a Lituânia e, em sentido lato, contra a comunidade europeia e euro-atlântica, a crise energética na Europa, as campanhas de desinformação e propaganda que visam mostrar divisões nos países europeus, dentro da comunidade europeia, tudo isto é uma parte de uma estratégia mais alargada da Rússia para destruir a Europa e criar as condições em que a Europa seja tentada a fazer concessões à Rússia", sublinhou Dmytro Kuleba.

O chefe da diplomacia europeia evitou relacionar o aumento da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia e a crise com a Bielorrússia mas, por outro lado, Josep Borrell ressalvou: "Sinceramente não acredito que Aleksander Lukashenko pudesse fazer o que está a fazer se não tivesse um forte apoio da Rússia."

Para o analista do centro de estudos Rasmussen Global, Fabrice Pothier, o presidente russo Vladimir Putin tem a mesma estratégia há anos e a curto prazo pode estar a conseguir atingir objetivos: "Ele está a seguir a mesma estratégia que tem vindo a seguir desde 2014 por diferentes meios. Pode ser que haja uma decisão de realmente fazer alguma invasão através de incursões militares que não deva ser descartada nunca porque errámos uma vez e não podemos errar uma segunda vez. No entanto, penso que ele já está a conseguir o que quer, que é manter a Ucrânia novamente fraca e preocupada e colocar sempre este ponto de interrogação sobre o apoio ocidental à Ucrânia."

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, lembrou, esta segunda-feira, que o reforço da presença militar russa na fronteira com a Ucrânia pode ser perigoso.

Na prática, reduziu o tempo de alerta, caso a Rússia decida “conduzir uma ação militar agressiva contra a Ucrânia.”

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