Aniversário do fim do comunismo marcado por contestação contra vacinas e restrições ligadas à Covid-19
Os checos assinalaram, em Praga e no resto do país, os 32 anos da Revolução de Veludo, que pôs fim ao regime comunista.
Um aniversário que volta a estar marcado pelas restrições ligadas à Covid-19 e, em particular este ano, à questão da vacinação, obrigatória para viajar nos transportes públicos, entrar em bares e restaurantes ou aproveitar eventos culturais e desportivos.
Muitos rejeitam a vacina, considerando a obrigatoriedade como um atentado à liberdade e aproveitaram a ocasião para se manifestar no centro da capital checa.
Uma manifestante afirmava: "Nem os comunistas ousavam fazer o que acontece hoje em dia. As pessoas já não têm qualquer liberdade. Restrições para viajar de uma região para outra, proibir crianças de praticar desportos ou ir à escola, isso não é liberdade. É um novo início de um sistema totalitário."
Outra dizia: "Não está certo quando pessoas que recusam a vacina são classificadas inimigas da nação."
Apesar dos protestos, o governo checo prepara-se para aprovar esta quinta-feira novas restrições, depois de mais um recorde no número de contaminações diárias.
Jiri Skacel, euronews: "Trinta e dois anos [depois da Revolução], os checos voltam a estar preocupados com a liberdade, embora a questão de fundo seja bastante distinta."