Major-General Ahmed Naser al-Raisi eleito presidente da Interpol apesar das acusações de tortura

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Direitos de autor AP Photo/Francisco Seco
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Atual inspetor-geral do Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos era um dos candidatos mais polémicos: al-Raisi é acusado por organizações de direitos humanos de envolvimento em tortura e detenções arbitrárias.

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Os representantes dos 195 países associados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) já escolheram o novo presidente: Ahmed Naser al-Raisi foi eleito em Istambul para suceder ao sul-coreano Kim Jong Nam na presidência da instituição.

O major-general Ahmed Naser al-Raisi, atual Inspetor-Geral do Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos, já era membro do comité executivo e garante querer modernizar a Interpol.

Mas estas eleições prometem gerar polémica, uma vez que foram apresentadas queixas criminais contra o agora eleito presidente da polícia internacional em cinco países, incluindo em França, onde a Interpol tem a sua sede, e na Turquia, onde as eleições decorreram.

Em França, a organização Gulf Center for Human Rights apresentou uma queixa contra al-Raisi por "atos de desumanidade e tortura" devido à prisão de Ahmed Mansoor, um ativista dos direitos humanos que se encontra em solitária há quatro anos.

Vários observadores manifestaram preocupação com os efeitos da chegada de al-Raisi à presidência na reputação e eficácia da organização. Essas reservas foram expostas, por exemplo, numa carta datada de 11 de novembro e dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, por três eurodeputados, incluindo Marie Arena, presidente da Subcomissão dos Direitos do Homem do Parlamento Europeu.

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