Saakashvili apresenta-se em Tribunal e lamenta erro cometido quando era Presidente

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De  Bruno Sousa
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Ex-Presidente da Geórgia responde pela repressão de manifestação em 2007 mas queixa-se que o julgamento tem motivação política

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Mikheil Saakashvili foi ouvido pela primeira vez pela justiça da Geórgia no âmbito do julgamento de que é alvo pela repressão de uma manifestação em 2007. O julgamento teve início há duas semanas sem a presença do antigo Presidente, nada que impedisse a justiça local de seguir em frente.

Em 2018, Saakashvili foi julgado à revelia e condenado a seis anos de prisão por abuso de poder. No regresso à Geórgia foi prontamente detido e desde então já passou cinquenta dias em greve de fome e ouviu o primeiro-ministro do país dizer que "tinha o direito de cometer suicídio".

Na sala de tribunal, Saakashvili reconheceu o "erro de não criar um sistema judicial justo e independente", o que "afetou de forma negativa muitos georgianos" tratando-se ele próprio de apenas mais um.

Pediu desculpa a todos os que sofreram com este erro cometido quando era Presidente, mas sublinhou que "cometer erros era muito diferente de cometer crimes" e que ele não tinha sido um presidente criminoso.

Saakashvili queixou-se ainda de ter sido torturado e humilhado na prisão e reiterou que o julgamento tinha motivações políticas.

A próxima audiência ficou marcada para 23 de dezembro.

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