Conservadores e extrema-direita reunidos na Polónia

Marine Le Pen está na capital polaca para participar no encontro de partidos conservadores e de extrema-direita da Europa.
A "União Nacional" é um dos 15 partidos que em julho assinaram uma declaração conjunta para criar "um grupo" no Parlamento Europeu, onde atualmente estão divididos em dois blocos distintos.
Na chegada à Polónia, Le Pen prestou homenagem às vítimas do Gueto de Varsóvia, um gesto inesperado para um líder acusado de anti-semitismo.
Em declarações aos jornalistas, mostrou otimismo em relação ao encontro deste sábado e deu o exemplo da Polónia, um país que segundo a candidata às presidenciais francesas “resistiu mais uma vez à chantagem e às ameaças da União Europeia”. Para Le Pen, o exemplo polaco mostra que só o esforço comum pode fazer com que o bloco volte atrás nos temas mais fraturantes.
Além de Marine Le Pen e do líder da Liga italiana, Matteo Salvini, que não estava entre os signatários da declaração de julho mas está presente em Varsóvia, fazem parte desta aliança o primeiro-ministro húngaro (Fidesz), Viktor Orbán, ou o líder do PiS da Polónia, Jaroslaw Kaczynski.
O presidente do Vox em Espanha, Santiago Abascal, e o responsável do partido Fratelli d'Italia, Giorgia Meloni, também são esperados na reunião.
“Este é um trabalho de longo prazo para conseguir reunir todos os movimentos políticos. Leva tempo”, salientou Le Pen, que considera o encontro em Varsóvia como “um passo importante”.
Os partidos que assinaram a declaração em julho apontam para a necessidade de “uma reforma profunda da UE e temem a “criação de um superestado europeu”.
A Polónia e a Hungria são ameaçadas por um mecanismo que permite suspender o pagamento de fundos europeus em caso de violação dos princípios do Estado de direito. Em causa, estão processos judiciais recorrentes com Bruxelas sobre o respeito de valores considerados fundamentais.