Partidos europeus nacionalistas e de extrema-direita ainda divididos

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Líderes de várias formações reuniram-se em Varsóvia durante o fim de semana para acertar agulhas sobre estratégia comum contra Bruxelas mas falharam acordo para criar uma aliança formal

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Os líderes de vários partidos europeus nacionalistas e de extrema-direita estiveram reunidos em Varsóvia, durante o fim de semana, mas falharam um entendimento para formar um novo grupo político no Parlamento Europeu.

Participaram do encontro a presidente da União Nacional francesa, Marine Le Pen, ou o líder do partido húngaro Fidesz, o primeiro-ministro Viktor Orbán, por exemplo.

Na declaração final da reunião, o grupo de líderes sublinhou apenas a importância de "mais cooperação" contra o poder das instituições europeias.

"Não são os comissários, não é a administração, não são os burocratas nem os diretores da Comissão Europeia quem decidirá como devemos viver", sublinhou Tomasz Poręba, eurodeputado polaco do Partido Lei e Justiça (PiS), que também esteve presente no encontro.

Se os partidos populistas radicais se unirem no Parlamento Europeu poderão formar o terceiro grupo político em tamanho.

Mas apesar de estar alinhado com outras formações congéneres em matéria de soberania nacional, de migração e de euroceticismo, o partido Lei e Justiça (PiS), no poder na Polónia, está relutante em unir esforços, até porque pode perder influência.

"Enquanto o grupo Identidade e a Democracia e os seus partidos afiliados estão largamente isolados no Parlamento Europeu, o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), e em particular o partido Lei e a Justiça, não. Eles têm relatores, relatores-sombra no Parlamento Europeu. Os Conservadores e Reformistas também têm uma presidência de uma comissão", ressalvou, em entrevista à Euronews, Dániel Hegedűs, analista do think tank German Marshall Fund dos EUA.

Também há questões que causam divisão entre as formações, como é o caso das relações com a Rússia, por exemplo.

Enquanto Marine Le Pen tem laços estreitos com Moscovo, a Polónia mostra-se contra. Há, igualmente, divisões internas, como acontece em Itália, entre a Liga e os Irmãos da Itália.

Significa que no curto prazo, pelo menos, os principais partidos europeus não deverão ter de se preocupar com um novo grupo rival.

"Isso agora é conversa para os meios de comunicação social. A única coisa que beneficia todos os participantes é que eles podem moldar a agenda política. Eles podem chamar a atenção dois meios de comunicação. E essa é a razão por trás destes fóruns de direita radical repetidos ao longo do ano, que falham sempre em produzir qualquer tipo de resultado tangível", acrescentou Dániel Hegedűs.

Os partidos envolvidos no encontro de Varsóvia dizem que a próxima reunião acontecerá em Espanha. Será preciso, no entanto, esperar pelo ano que vem.

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