Ómicron ameaça estragar o Natal na Europa

"Podemos ver outra tempestade a aproximar-se", é com estas palavras que o alto funcionário da Organização Mundial da Saúde na Europa alertou para um "surto significativo" de casos de Covid-19 em todo o continente.
Hans Kluge afirmou que a variante Ómicron é já dominante em vários países e exortou os Governos a prepararem-se para os tempos difíceis que se avizinham.
"Dentro de semanas, a Ómicron dominará em mais países da região, com a ameaça de sobrecarregar, ainda mais, os sistemas de saúde já sobrecarregados", referiu Kluge.
Em Portugal, o Governo de António Costa endureceu as restrições de combate à pandemia. A partir de 25 de dezembro, o teletrabalho volta a ser obrigatório, creches, bares e discotecas vão encerrar, pelo menos até 09 de janeiro.
Em Espanha, o Governo Regional da Catalunha pretende impor um novo recolher obrigatório entre a 01 e as 06 da manhã, assim como o encerramento de bares e discotecas e a redução para 50% da lotação máxima nos restaurantes.
Em França, o Governo de Emmanuel Macron pretende implementar, a partir de meados de janeiro, o passe de vacinação, ou seja, apenas a inoculação com a vacina contra a Covid-19 irá permitir o acesso a restaurantes ou a outros locais públicos.
Numa tentativa de conter a quinta vaga da pandemia, o chanceler alemão, Olaf Scholz, decidiu limitar os contactos, restringindo as reuniões a um máximo de 10 pessoas, já a partir de 28 de dezembro.
No Reino Unido, apesar do forte aumento de novas infeções, o primeiro-ministro, Boris Johnson, descartou a possibilidade de implementar mais restrições antes de 24 de dezembro.
"Pensamos hoje que não existem provas suficientes para justificar quaisquer medidas mais duras antes do Natal", afirmou Jonhson.
Esta terça-feira, as autoridades britânicas registaram mais de 90 mil novos casos de Covid-19, nas últimas 24 horas, 15.363 estão associados à variante Ómicron.