Lukashenko quer que manifestantes cazaquistaneses peçam desculpa

Dezenas de pessoas reuniram-se, esta quinta-feira, em frente ao edifício do Parlamento do Quirguistão, em Bichkek, em apoio aos protestos no Cazaquistão.
O país vizinho tem assistido, nos últimos dias, a manifestações maciças de protesto, espoletadas pela subida acentuada dos preços dos combustíveis.
"Todos nós observamos nas redes sociais, em todo o lado, que os quirguizes são contra o envio do exército para lá, por isso viemos aqui para mostrar a nossa posição", referiu o ativista quirguiz Ulan Usein.
Na Bielorrússia, que há mais de um ano assiste a manifestações de protesto contra o regime, o presidente Alexander Lukashenko encorajou os manifestantes do Cazaquistão a por fim aos protestos e a pedir desculpa aos militares.
"Em nome dos bielorrussos, gostaria de me dirigir a estas pessoas, aos manifestantes. Alguém lhes chama "bandidos". Eu diria simplesmente: "Bem, fizeram algum barulho, gritaram e isso é suficiente". Portanto, é necessário, como dizem, ajoelhar-se e pedir desculpa aos militares, a fim de suavizar a rutura que surgiu. E depois é necessário sentar-se com as autoridades, com Tokayev - ele convida todos - para negociações sobre a construção do Estado, mas para nós [bielorrussos], isto é uma lição".
A Rússia respondeu ao apelo do presidente cazaquistanês e enviou tropas para ajudar a conter os violentos protestos no Cazaquistão.
Militares russos volta, assim, àquele país, três décadas depois da queda da União Soviética em 1991.