Congressistas lembram momentos de angústia no ataque ao Capitólio

Foi há exatamente um ano que um grupo de apoiantes do presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu o Capitólio, sede do Congresso norte-americano, para tentar impedir a confirmação da vitória de Joe Biden nas presidenciais. O episódio fez seis mortos e deixou uma ferida profunda. Para assinalar o aniversário, vários congressistas democratas organizaram uma vigília na escadaria principal do Capitólio, junto à estátua de Lincoln.
O que aconteceu a 6 de janeiro de 2021 deixou marcas em pessoas como a congressista Pramila Jayapal:
"Como muitos outros que ficaram presos na galeria da Câmara dos Representantes, lembro com exatidão cada momento. Ainda sinto, visceralmente, as batidas na porta da galeria. Ainda ouço o tiro. Lembro-me de como pensava usar a minha máscara de gás e a bengala que usava, cinco semanas depois de ter sido operada ao joelho, para me defender se fosse atacada. Lembro-me de não saber se conseguiria sair viva deste local, a sede da nossa democracia, nem se a própria democracia iria sobreviver", disse a congressista democrata.
Os republicanos, na grande maioria, preferem não participar nestas cerimónias e evitam falar do que aconteceu há um ano, frisando que o importante é avançar. Alguns, como os congressistas Marjorie Taylor Greene e Matt Gaetz, da ala mais à direita dos republicanos, acreditam que foi o próprio FBI a organizar a insurreição.
Teorias desacreditadas pela Casa Branca, que responsabiliza Donald Trump: "Há só um presidente na história do nosso país que fomentou uma insurreição e que levou à invasão do Capitólio", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
Joe Biden falou ao país na quinta-feira, para assinalar a data, e responsabilizou diretamente Donald Trump pelo que aconteceu, sem o nomear diretamente.