NATO e Rússia não chegam a acordo

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Conselho NATO-Rússia termina em Bruxelas sem consenso. Aliança Atlântica e Moscovo divergem sobre situação na Ucrânia

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A tensão entre a NATO e a Rússia está a aumentar. Os representantes de Moscovo e da Aliança Atlântica reuniram-se esta quarta-feira em Bruxelas para abordarem a situação na Ucrânia.

As difíceis conversações não produziram qualquer resultado significativo, uma vez que continuam os impasses sobre as preocupações de segurança naquela ex-república soviética.

A Rússia, que mobilizou 100.000 militares para a fronteira com a Ucrânia, diz que Kiev não pode aderir à Aliança Atlântica.

Entretanto, a NATO acusa Moscovo de manter um comportamento agressivo e reitera a sua política de porta aberta.

"Os aliados concordam totalmente que só a Ucrânia e 30 aliados podem decidir quando é que a Ucrânia está pronta para se tornar membro da NATO. Ninguém mais tem nada a dizer. E, claro, a Rússia não tem veto sobre se a Ucrânia pode tornar-se membro da NATO", sublinha o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.

Enquanto a NATO se concentra na Ucrânia, o analista de política internacional Fyodor Lukyanov diz que a demonstração de força por parte da Rússia na fronteira deve ser vista como uma estratégia muito maior por parte do Kremlin.

"Do ponto de vista russo, não se trata da Ucrânia, pelo menos não se trata apenas da Ucrânia. Trata-se da forma como a arquitetura de segurança da Europa está a ser estruturado. E esta ideia, que prevaleceu após a Guerra Fria, de que o núcleo da segurança europeia é a NATO. E o que a Rússia está a tentar fazer é discutir outra forma de estruturação."

O Ocidente teme que a Rússia esteja a preparar uma invasão em larga escala da Ucrânia, uma hipótese que tem vindo a ser negada pelo Governo de Vladimir Putin.

O Conselho NATO-Rússia terminou com apenas uma certeza, de que é necessário continuar o diálogo e explorar um calendário para futuras reuniões.

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