Boris Johnson alerta para ofensiva da Rússia e garante estar ao lado da Ucrânia

Primeiro-ministro do Reino com o Presidente da Ucrânia em Kyiv
Primeiro-ministro do Reino com o Presidente da Ucrânia em Kyiv Direitos de autor Peter Nicholls/AP
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De  Francisco Marques
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Primeiro-ministro do Reino Unido em Kyiv com mensagem para Moscovo. Polónia também está preocupada com a tensão e solidária com o país vizinho

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O Reino Unido reiterou esta terça-feira poder estar iminente uma ofensiva da Rússia em território da Ucrânia e o primeiro-ministro Boris Johnson fez questão de se deslocar a Kyiv para se mostrar ao lado do povo ucraniano perante a pressão militar russa.

O chefe do Governo britânico, que tem estado sob forte pressão interna devido ao chamado "partygate", deslocou-se esta terça-feira à capital da Ucrânia, onde foi recebido pelo Presidente Volodymyr Zelensky, ao mesmo tempo que o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, também se reunia em Kyiv com o homólogo polaco Mateusz Morawiecki, com quem partilha os receios pela movimentação militar russa na região.

Os governantes ucranianos manifestaram-se agradecidos pelo apoio internacional que têm recebido perante a pressão junto à fronteira leste, nomeadamente pelo apoio de Moscovo aos grupos separatistas pró-russos que se mantém entrincheirados no sudeste do país desde 2014.

Estas reuniões permitiram também reforçar os laços entre os três países ao abrigo da Organização do Tratado do Atlântico Norte, de que Portugal também faz parte.

"Estamos agradecidos ao Reino Unido pelo apoio à nossa ambição de pertencer à NATO e esperamos sinais claros e concretos da aliança atlântica. É um passo muito importante: reforçar a nossa capacidade de defesa", afirmou Zelensky, na conferência de imprensa após a reunião com Boris Johnson, um dia depois de ter falado por telefone com o homólogo francês, Emmanuel Macron.

O presidente ucraniano considerou que "uma desmobilização militar russa seria um sinal muito importante e a única verdadeira resposta à questão de saber se [Moscovo] vai continuar a aumentar a pressão".

Boris Johnson, por seu lado, revelou ter falado ao telefone com Vladimir Putin e, sem revelar o teor desse contacto, garantiu que o Reino Unido tem sanções prontas para impor à Rússia, em caso de agressão à Ucrânia, um país que deve escolher livremente o seu destino.

"Todos concordámos na importância de apoiar a autodeterminação da Ucrânia porque o povo ucraniano tem o direito de escolher como é governado e a que organizações pretende aderir", defendeu Boris Johnson.

O primeiro-ministro da Polónia reforçou a posição do homólogo britânico e, pelas redes sociais, afirmou que "a Europa não estará segura sem uma Ucrânia soberana".

"Não haverá uma Ucrânia soberana sem o apoio da União Europeia e da NATO", defendeu Mateus Morawiecki, que se deslocou a Kyiv para também manifestar a "solidariedade com o povo ucraniano, atualmente sob ameaça da Rússia".

"Vamos defender a paz e a segurança", apelou o chefe do Governo polaco.

Na capital da Ucrânia, a vida, entretanto, prossegue apesar da ameaça de uma invasão russa, que o Reino Unido e os Estados Unidos admitem poder estar em preparação, mas que a Rússia continua a desmentir apesar da forte mobilização militar e que está a motivar também o envio de armas e equipamento da NATO para a região.

Outras fontes • AFP, Tass

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