Os voluntários americanos que vêm lutar ao lado da Ucrânia

Justin Dee, voluntário americano
Justin Dee, voluntário americano Direitos de autor Efrem Lukatsky/The Associated Press
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Repórter Anelise Borges falou com recrutas estrangeiros da Legião Nacional da Geórgia

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Após a mobilização russa junto à fronteira com a Ucrânia, os Estados Unidos decidiram enviar contingentes de soldados. Mas não são apenas tropas americanas a chegar à Europa.

A Ucrânia está na linha da frente da luta pela democracia. Se a Rússia conseguir dominar a Ucrânia, não vai ficar por aí.
Justin Dee
Voluntário americano

"Tenho acompanhado este conflito desde 2014, quando a Federação Russa anexou a Crimeia ilegalmente. A partir daí, comecei a ver os russos a interferirem cada vez mais noutros países, a meterem-se onde não devem. Como percebi que ia começar tudo outra vez na Ucrânia, decidir vir para cá ajudar a população", conta-nos Justin Dee.

Justin é um dos voluntários americanos que integrou a recente mobilização estratégica para o leste da Europa. Veio de Nova Iorque para juntar-se a uma luta que, salienta, tem implicações a nível mundial.

"A Ucrânia está na linha da frente da luta pela democracia, pela ideologia ocidental. Se a Rússia conseguir dominar a Ucrânia, não vai ficar por aí. Vai continuar até manipular todos os líderes globais, até torná-los marionetas. Estou aqui para impedir que isso aconteça", diz-nos.

E a forma que tem de o fazer é incorporar a chamada Legião Nacional da Geórgia, uma unidade paramilitar que luta ao lado dos ucranianos na região do Donbass.

"Há uma semana, começámos um novo recrutamento de estrangeiros. Há muita gente a candidatar-se. Temos mais de 300 candidatos da Geórgia, a seguir dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Itália, Alemanha... são os países de onde vêm mais voluntários para a legião georgiana", afirma Mamuka Mamulashvili, membro da Legião Nacional Ucraniana.

Oficialmente, o Ministério da Defesa da Ucrânia não se pronuncia sobre os combatentes estrangeiros que vêm ajudar o país. Mas não esconde que todo o apoio militar formal é bem-vindo. Justin acredita que muitos mais irão juntar-se à causa ucraniana.

"Espero que a minha presença ajude a veicular a mensagem de que o mundo não vai ficar de braços cruzados, que mesmo sem o apoio oficial dos governos, há cidadãos que vão lutar pelo que é justo", conclui Justin.

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