Queda de um avião caça F-5 no noroeste do Irão provoca três mortos

Destroços do caça F-5 ainda no local onde o avião se despenhou em Tabriz
Destroços do caça F-5 ainda no local onde o avião se despenhou em Tabriz   -  Direitos de autor  Tasnim News agency via AP
De  Francisco Marques

Uma avaria técnica poderá estar na origem do acidente, com os pilotos a serem enaltecidos no Irão por se terem sacrificado e evitado uma tragédia maior

A queda de um avião caça iraniano na cidade de Tabriz, no noroeste do Irão, provocou a morte de três pessoas, incluindo os dois pilotos da aeronave e o condutor de um carro atingido pela queda do avião.

O F-5 da Força Aérea iraniana estava de regresso à base de Shaheed Fakhouri, na província persa do Azerbaijão Oriental, não muito longe da fronteira do Irão com a Arménia e a República do Azerbaijão, como adiantou o braço iraniano da organização humanitária Crescente Vermelho, a versão islâmica da Cruz Vermelha.

Após um exercício, o aparelho "terá sofrido uma avaria técnica", adiantou o general Reza Yousefi, citado por agências de notícias locais e replicado pela Associated Press, e o avião despenhou-se pelas 08h50 desta segunda-feira (eram 05h20 em Lisboa).

O comandante da base aérea de Shaheed Fakhouri explicou que "os pilotos sacrificaram-se" para evitar uma tragédia maior. "Podiam ter usado o sistema de ejeção, mas recusaram-se. Como não conseguiam regressar à pista [do aeroporto], optaram por se assegurar da segurança das pessoas", afirmou Reza Yousefi.

A agência de notícias persa “Irib News” cita Amir Shahin Taghikhani, porta voz das forças armadas iranianas, reiterando o autossacrifício dos pilotos.

"Tiveram a oportunidade de se ejetar, mas preferiram dirigir o avião para uma área pouco povoada", disse o porta-voz militar, identificando os pilotos como o tenente-coronel Sadegh Fallahi, "um dos melhores instrutores de pilotos da base aérea de Shaheed Fakhouri", e o capitão Alireza Hanifehzad.

A queda do avião está a ser investigada. Uma avaria no aparelho é, por enquanto, a hipótese mais forte.

Outras fontes • AP, IribNews

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