668 pessoas foram detidas nas manifestações contra a guerra na Ucrânia, este domingo, na Rússia. Sondagens mostram que a sociedade russa está dividida
Na Rússia, onde as manifestações contra a invasão da Ucrânia têm sido reprimidas pela polícia, o grupo de defesa dos direitos humanos, OVD-Info, revela que foram detidas 668 pessoas este domingo.
As sondagens mostram que, em Moscovo, 60% dos residentes desaprovam o uso da força militar na Ucrânia, mas, nas zonas rurais, 70% das pessoas apoiam a decisão do presidente.
Os sociólogos independentes do Centro de sondagens Levada confirmam estas duas tendências e explicam-nas. O supervisor científico do Centro-Levada, Lev Gudkov diz: "Durante vários anos a população foi formada pela mais forte propaganda... Não têm outras fontes de informação além da televisão, por isso acreditam que a liderança russa fez a coisa certa. Aqueles que estão mais informados e recebem informações de várias fontes, estão horrorizados, envergonhados, em depressão".
Segundo a OVD-Info houve manifestações em 36 cidades russas e também detenções em todas elas, mas o número de pessoas que protestaram a nível nacional parecia ser muito inferior ao dos últimos grandes protestos de uma semana atrás, quando o OVD-Info listou mais de 5.000 pessoas que foram detidas.