Primeiro-ministro da Hungria obtém com o Fidesz uma vitória mais fácil do que o previsto. ONG denunciam grande volume de irregularidades no escrutínio
O primeiro-ministro conservador e nacionalista da Hungria conquistou uma quarta vitória consecutiva nas legislativas deste domingo, com uma maior facilidade do que o previsto face à coligação da oposição.
Viktor Orbán sai reforçado depois de um escrutínio também fortemente marcado pela invasão da Ucrânia e pela reticência do chefe do governo húngaro em condenar o aliado, Vladimir Putin.
Uma grande derrota para a Oposição Unida pela Hungria, coligação de seis formações lideradas por Péter Márki-Zay, que perdeu mesmo o voto na sua própria circunscripção.
O Fidesz de Orbán arrecadou cerca de 53 por cento dos boletins, controlando dois terços do Parlamento, contra apenas cerca de 35 por cento para a oposição, com uma afluência a rondar os 68 por cento, perto dos valores recorde registados em 2018.
Os críticos dizem que o primeiro-ministro beneficiou do forte controlo dos media do país, bem como de mudanças ao sistema eleitoral que o tornam injusto.
A Coligação para um Voto Limpo - que reúne quatro ONG húngaras - diz ter recebido um grande volume de denúncias de irregularidades no escrutínio.