França acusa mercenários russos de “ataque de informação” no Mali

Imagens de drone filmadas no Mali pelo exército francês mostram encobrimento de cadáveres
Imagens de drone filmadas no Mali pelo exército francês mostram encobrimento de cadáveres Direitos de autor AFP
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Exército francês foi acusado no Twitter de encobrir cadáveres no norte do país.

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O exército francês acusa mercenários russos de enterrar corpos no norte do Mali com o objetivo de acusar as tropas europeias de ter criado uma vala comum.

Como prova, a Defesa francesa divulgou imagens aéreas, filmadas perto da base de Gossi, em que diz ser possível ver soldados caucasianos a cobrir cadáveres com areia.

A divulgação do vídeo surge após alguém, no Twitter, que se apresenta como Dia Diarra e se descreve como um "ex-soldado" e "patriota do Mali", ter acusado na plataforma digital as tropas francesas pelo encobrimento dos cadáveres.

O Estado-Maior das Forças Armadas de França diz-se alvo de um "ataque de informação" e alega que o perfil em causa é falso e foi "muito provavelmente" criado pelo grupo Wagner, uma organização paramilitar privada de origem russa, também conhecida como o "exército particular de Putin".

O exército francês afirma que, ao comparar a ação registada pelas fotografias publicadas no Twitter com as imagens recolhidas pelo drone especializado, é possível fazer uma ligação direta entre o que os mercenários do Wagner estão a fazer e o que é "falsamente atribuído aos soldados franceses".

França transferiu o controlo da base de Gossi para os soldados malianos, esta terça-feira,

Paris decidiu em fevereiro retirar-se do Mali, deixando para trás uma deteriorada situação de segurança no país e um clima de tensões entre a França e a junta militar no poder, acusada pelo Ocidente de usar os serviços do grupo Wagner.

À acusação, o Mali responde clarificando que se tratam de simples conselheiros russos.

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