Grécia: inflação atinge nível mais elevado em 27 anos

O mercado de Moshato, em Atenas.
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Subida de preços reduz cabaz de compras

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No mês de Março, a inflação na Grécia atingiu 8,9%, o nível mais elevado desde há vinte sete anos.

Para a pensionista Maria Tsivita, não há nada a fazer perante o aumento do custo de vida, a não ser ter paciência e limitar as compras ao essencial. Não há dinheiro para mais.

Após dar uma volta pelo mercado de rua da zona de Moshato, em Atenas, reclama, com desespero, que não um único produto com um preço económico, nem sequer os tomates, um produto indispensável à mesa todos os dias, no seu país.

Uma outra pensionista queixa-se que compra somente o absolutamente necessário por uma razão de precaução, até a situação melhorar.

Os produtos agrícolas locais não faltam mas o aumento do custo de produção e transporte é suportado pelo consumidor. Um vendedor explica que o problema é geral, os preços são caros tanto na praça como nos supermercados. Estão a passar por tempos difíceis.

Outro vendedor explica que este ano o preço dos morangos, por exemplo, subiu quase 20%, tal como a fruta em geral, mas afirma que tenta absorver, tanto quanto possível, o aumento do custo, para os preços serem acessíveis para o consumidor.

Ao fim de doze anos de crise económica e de uma pandemia, o aumento do custo de vida é mais um golpe disruptivo no quotidiano dos gregos. Há um ano atrás, a inflação chegou a atingir níveis negativos mas a partir de setembro começou uma subida de preços desenfreada, que resultou numa redução contínua do rendimento disponível.

O país regista o maior aumento de preços de eletricidade e de gás natural na Europa e um dos mais elevados nos produtos alimentares. Em Março, a inflação na zona Euro atingiu 7,5%, devido a pressões inflacionárias no setor da energia e também no setor alimentar, de bebidas e tabaco.

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