Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Embargo ao petróleo russo. Uma bomba atómica para a economia húngara

A proposta de embargo total ao petróleo russo gera divisões entre os Estados-membros
A proposta de embargo total ao petróleo russo gera divisões entre os Estados-membros Direitos de autor  Fabian Sommer/dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
Direitos de autor Fabian Sommer/dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
De Sandor Zsiros
Publicado a
Partilhar Comentários
Partilhar Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Link copiado!

Primeiro-ministro húngaro diz que proposta europeia de embargo às importações de petróleo russo é prejudicial para o país e não pode apoiar a iniciativa no presente formato

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, elevou as apostas em relação ao desfecho do acalorado debate sobre o mais recente plano de sanções da União Europeia contra a Rússia.

Bruxelas propôs um embargo total ao petróleo russo, mas a Hungria, apesar de poder beneficiar de um período de transição mais longo, acena com um veto.

"O petróleo russo ou qualquer tipo de petróleo só pode chegar à Hungria através de oleodutos. Uma extremidade do oleoduto está na Rússia e a outra na Hungria. É uma herança que nos calhou. Não podemos aceitar uma proposta que ignora esta circunstância. A proposta, na forma atual, é como uma bomba atómica lançada sobre a economia húngara", sublinhou Viktor Orbán.

Durante uma entrevista à estação de rádio estatal, o primeiro-ministro húngaro disse que cortar o petróleo russo implicaria uma mudança completa no sistema energético do país.

Acrescentou que isso demoraria cinco anos e que seriam precisos milhares de milhões de euros.

O chefe da diplomacia europeia pronunciou-se sobre as declarações de Orbán.

Josep Borrell alertou o primeiro-ministro húngaro para não misturar sanções contra a Rússia com problemas relacionados com fundos de recuperação destinados à Hungria: "pode-se discutir quantos anos são precisos para [um país] se adaptar a um embargo de petróleo, mas vincular o embargo a outra coisa que não tem nada a ver com isso, como a entrega de financiamento de recuperação da pandemia, por razões políticas, é inaceitável."

Os fundos de recuperação destinados à Hungria estão congelados pela Comissão Europeia por causa dos alegados níveis elevados de corrupção.

Os representantes dos Estados-membros continuarão a discutir a nova ronda de sanções contra a Rússia (a sexta) durante o fim de semana.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhar Comentários

Notícias relacionadas

Sobreviventes procuram justiça um ano após acidente de avião da Azerbaijan Airlines que matou 38 pessoas

Hackers pró-Rússia reivindicam ataque informático aos correios franceses

As imagens do local da explosão que matou dois agentes da polícia em Moscovo