Polícia brasileira abre inquérito criminal sobre o desaparecimento na Amazónia de jornalista britânico e de um defensor dos indígenas, Bolsonaro diz que podem ter sido executados.
A Polícia Civil do estado brasileiro do Amazonas abriu uma investigação criminal sobre o desaparecimento, no domingo, de um jornalista britânico e de um defensor dos direitos dos indígenas numa parte remota da Amazónia.
Foram já ouvidas quatro testemunhas, que se acredita que tenham sido as últimas pessoas a avistar Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira.
Os dois foram vistos, pela última vez na região do Vale do Javari, conhecida pelo tráfico e mineração de pedras preciosas ilegais, perto da localidade de Atalaia do Norte.
As famílias dos dois homens pedem que as autoridades continuem as buscas. A irmã de Dom, Sian Phillips pede para que os olhos do mundo permaneçam na Amazónia de modo a que sejam encontrados.
O cunhado do jornalista, Paul Sherwood, sublinha que há receios de que o britânico e o brasileiro tenham sido raptados por alguém que os queria silenciar, pois não queria que eles expusessem "as atividades ilegais na área".
O Governo Federal disse estar a acompanhar de perto as buscas pelo jornalista e pelo coordenador regional da Fundação Nacional do Índio. O presidente Jair Bolsonaro não descarta a hipótese de os dois homens terem sido executados.