Imagens de satélite levam os serviços secretos do EUA a apontar responsabilidades à Russia pelas mortes na prisão de Olenivka. Washington afirma serem falsas as provas russas que terão sido manipuladas para incriminar a Ucrânia.
Uma semana depois da morte de mais de 50 prisioneiros de guerra ucranianos, numa prisão controlada por forças russas no leste da Ucrânia, continuam as acusações mútuas.
Até agora as inspecções no local só têm sido feitas por inspectores e peritos russos, que atribuem o ataque a um míssil norte-americano alegadamente disparado pelo exército ucraniano.
A Ucrânia, por sua vez, e agora também os serviços secretos norte-americanos, dizem que as alegadas provas são falsas e que fragmentos de mísseis foram posteriormente colocados no local.
A Maxar Technologies dos Estados Unidos divulgou imagens de satélite de antes e depois da explosão que visam desmentir a versão russa de um ataque vindo do exterior.
O motivo por de trás deste crime de guerra seria ocultar provas de tortura dos prisioneiros, muitos do quais haviam defendido a fábrica de aço de Mariupol sendo considerados heróis de guerra por Kiev. Além de negar esta versão, Moscovo declarou ontem todo o batalhão Azov como uma organização terrorista.
Entre outras organizações não gorvernamentais, também a Cruz Vermelha pede que os familiares dos prisioneiros de guerra tenham acesso a informações sobre os soldados que morreram ou ficaram feridos.
Simultaneamente está em preparação uma missão das Nações Unidas para 'apurar factos', como diz o secretário-geral, António Guterres, mas acrescenta não se tratar de uma 'investigação criminal' para a qual a ONU não está mandatada.