Fogos-de-artifício polémicos na Hungria

Fogo-de-artifício na Hungria
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Os fogos-de-artifício das celebrações do Dia Nacional da Hungria estão a criar polémica, com muito cidadãos a criticarem os gastos previstos

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20 de agosto, dia da Fundação da Húngria e Dia de Santo Estevão, é uma data muito importante que os húngaros celebram anualmente com festa rija.

Mas, este ano muitos cidadãos estão a manifestar-se contra a despesa colossal em fogos-de-artifício que o governo está a programar.

Budapeste quer exibir o maior fogo-de-artifício da Europa, com 40.000 dispositivos pirotécnicos ao longo de 4 quilómetros, nas margens do Danúbio.

Há uma petição contra esses gastos posta a circular pelo semanário "The Voice" que foi já assinada por quase 200 mil pessoas.

O orçamento das celebrações tem sido mantido em segredo, mas há quem fale no equivalente a pelo menos quatro milhões de euros só em foguetes, dinheiro que, muitos pensam, pode ser melhor aplicado.

Uma mulher diz: "Concordo plenamente que este dinheiro não deve ser desperdiçado em fogos-de-artifício. Penso que é uma boa ideia que comprem lenha para os pobres, e seria bom apoiar as famílias". O custo total das celebrações em 2021 ascendeu a 30 milhões de euros.

Em municípios, sobretudo da oposição, foi decidida a não realização de fogos-de-artifício; noutros improvisaram-se referendos, deixando as pessoas escolher.

Ferenc Gyöngyösi, vice-presidente da câmara de Hódmezővásárhely, explica como funcionou a consulta: "Havia um boletim de voto no jornal local. As urnas foram colocadas em vários locais da cidade, na câmara municipal, em hospitais e até em autocarros. Assim todos podiam escolher se queriam ou não fogo-de-artifício".

Em pequenas localidades rurais, vários autarcas consideram inapropriado despender dinheiro em "foguetes" em tempo de guerra na Europa e de crise energética e vão anunciando aplicações mais consensuais para as verbas, como ajudar as pessoas mais necessitadas, causas de proteção animal ou relacionadas com as alterações climáticas.

Mas há quem se obstine a realizar os tradicionais fogos-de-artifício, como o presidente da câmara de Kistarcsa, na área metropolitana de Budapeste, que decidiu pagar do seu bolso os fogos-de-artifício para as celebrações do 20 de agosto.

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