Escolas estão encerradas e mais de 3 mil pessoas foram obrigadas a abandonar as próprias casas
Pelo menos duas pessoas morreram e milhares foram retiradas das suas casas com a passagem do tufãoHinnamor, possivelmente um dos mais poderoso a atingir a Coreia do Sul, disseram esta terça-feira as autoridades.
O Hinnamor tocou terra perto da ilha de Geoje, a sudoeste da cidade de Busan, a segunda maior do país, várias horas antes do esperado, cerca das 04:50 (20:50 de segunda-feira em Lisboa), indicou a Administração Meteorológica da Coreia (KMA).
A tempestade, com ventos sustentados superiores a 140 quilómetros por hora, voltou ao mar depois de passar sobre a cidade costeira de Ulsan, a 307 quilómetros a sudeste de Seul, cerca de duas horas depois.
As autoridades sul-coreanas indicaram que o desaparecido, um homem de 25 anos que terá caído num canalização, foi registado em Ulsan.
Mais de 3400 pessoas foram retiradas devido à possibilidade de inundações e aluimentos de terras nas províncias de Jeolla Sul (sudoeste), Gyeongsang Sul e Busan (sudeste), onde mais de 20 mil habitações destas áreas estão atualmente sem eletricidade.
Os ventos e dois dias de chuva forte, causados pela tempestade, afetaram meia centena de rotas de 'ferry' e obrigaram ao cancelamento de 251 voos em 12 aeroportos sul-coreanos.
O transporte terrestre também foi afetado, com 354 ligações ferroviárias canceladas ou atrasadas e várias estradas e autoestradas em todo o país parcialmente fechadas, incluindo a autoestrada olímpica de Seul, uma das principais vias da capital ao longo da margem sul do rio Han.
A KMA previu que o Hinnamnor vai continuar a deslocar-se para nordeste através do mar do Japão, passando a cerca de 100 quilómetros a nordeste da ilha sul-coreana de Ulleung, para se aproximar, já mais fraco, da costa da província russa oriental de Primorye e da ilha japonesa de Hokkaido (norte).