Na cimeira informal da UE, em Praga, os líderes europeus discutem essencialmente a guerra, os preços e a escassez da energia e a economia global
Os líderes da UE reúnem-se em Praga para discutir as três questões mais prementes, e interligadas, que a UE enfrenta, nomeadamente a guerra da Rússia na Ucrânia, a energia e a situação económica.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse à chegada à reunião: "Hoje temos um tópico importante na agenda, isto é claro que a guerra na Ucrânia, a importância é permanecer unidos, permanecer firmes no apoio à Ucrânia, com apoio financeiro com apoio expresso e com apoio militar. É também muito importante ser muito firme, para condenar a agressão russa. Nós não reconhecemos, nunca reconheceremos os referendos falsos e as anexações ilegais", afirmou.
O mesmo tema para a presidente da Comissão Europeia. Ursula Von de Leyen falou aos jornalistas antes do início dos trabalhos do impacto da guerra.
"É claro que a guerra russa teve um impacto na economia global e vamos discutir isso também, principalmente através dos preços da energia e da escassez de energia. Os preços da energia estão a disparar, mas se olharmos para os últimos 7 meses podemos ver que a Rússia cortou deliberada e sistematicamente o fornecimento de gás à União Europeia, mas nós conseguimos compensar", afirmou
Von der Leyen recomenda que os países trabalhem em conjunto para "chegarem a um instrumento de de limitação dos preços no mercado do gás natural".
Esse objetivo parece pouco provável de alcançar neste encontro, mas pode haver progressos, com vista à cimeira de 20 e 21 de outubro.
O simples facto de cada país membro depender de diferentes fontes de energia e fornecedores, e de estarem a lutar para ver de perto o melhor caminho a seguir, constitui um obstáculo a um acordo.
Um grupo de 15 países membros instou a Comissão Europeia a propor um limite máximo para os preços do gás o mais rapidamente possível, mas a ideia não obteve um apoio unânime, com a Alemanha a bloquear.
Por enquanto, diz a Comissão, a capacidade de armazenamento de gás na Europa é de cerca de 90%, mesmo quando o fornecimento de gás russo à UE diminuiu 37% entre janeiro e agosto, com os EUA e a Noruega a intervir para fornecer gás natural liquefeito. Mas esses fornecimentos de substituição não têm sido baratos.