Franceses protestam contra inflação

Milhares de pessoas saíram este domingo às ruas de Paris em protesto contra o aumento do custo de vida.
A manifestação ocorre três semanas depois do início de uma greve nas refinarias em França, que levou à escassez de combustíveis no país e impulsionou a inflação.
A manifestação foi convocada pelos partidos de esquerda França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, apoiada pelo Partido Socialista Francês, pelos Verdes e pelos Comunistas.
Em Paris, ao lado de Mélenchon esteve também a vencedora deste ano do Prémio Nobel de Literatura, a escritora francesa Annie Ernaux.
O antigo candidato presidencial criticou as medidas de Emmanuel Macron e sublinhou o apoio do seu partido aos vários sindicatos que anunciaram a adesão ao dia nacional de greves na próxima terça-feira, que deve afetar, em especial os transportes e o setor público.
Durante a manifestação, na capital francesa, assistiram-se a alguns confrontos entre as forças de segurança e alguns manifestantes, mas sem incidentes graves.
Quatro das sete refinarias da TotalEnergies continuam paralisadas, apesar do gigante da energia anunciar um acordo de aumento salarial de 7% com dois grandes sindicatos, mas recusado pelo CGT.
O ministro francês das Costas Públicas, Gabriel Attal, afirmou, este domingo, que continuar com a greve é "inaceitável".