Será a primeira mulher a governar o país
Itália tem a partir de hoje uma mulher à frente do Governo, pela primeira vez, e líder de um partido de extrema-direita (Irmãos de Itália).
Giorgia Meloni tomou posse na manhã deste sábado no Palácio do Quirinal, sede da Presidência da República, em Roma.
No Salão das Festas prometeu "ser fiel à República, cumprir a Constituição e as leis e exercer o mandato e funções em nome do interesse exclusivo da nação."
Um mandato conseguido graças a um acordo com os parceiros de coligação, Matteo Salvini, da Liga, também de extrema-direita, e Silvio Berlusconi, do conservador Força Itália.
O número dois deste partido, Antonio Tajani, europeísta e antigo presidente do Parlamento Europeu, fica com a pasta dos Negócios Estrangeiros. Acumula as funções de vice-primeiro-ministro, tal como Salvini, que também é responsável pela pasta das Infraestruturas e Mobilidade Sustentável.
O líder da Liga, conhecido pela postura anti-imigração, já tinha sido vice-primeiro-ministro no governo de Giuseppe Conte (2018-2019), quanto também foi responsável pela pasta do Interior.
Giancarlo Giorgetti, europeísta, vai liderar a Economia. Terá de lidar com a inflação e a crise energética provocadas pela guerra na Ucrânia, o que será tudo menos fácil com tanta instabilidade.
Adolfo Urdo, do partido Irmãos de Itália, será o responsável pelo Desenvolvimento Económico, Empresas e "Made in Italy", enquanto Paolo Zangrillo, do Força Itália, será o titular da Transição Ecológica.
Matteo Piantedosi ficará a cargo do ministério do Interior, definindo as políticas em matéria de migração e segurança. Foi escolhido pela Liga, apesar de não ser filiado no partido de Matteo Salvini.
Na Educação, o escolhido é Giuseppe Valditarae Roberto Calderoli liderará os Assuntos Regionais.
A independente Marina Elvira Calderone tem em mãos a pasta do Trabalho. JáAnna María Bernini ficará a cargo das Universidades e Investigação.
O médico tecnocrataOrazio Schillaci será responsável pela Saúde, o jornalista Gennaro Sangiuliano pela Cultura e Daniela Santanché pelo Turismo.
Ao todo, o executivo de Meloni terá 24 ministérios a par de um subsecretário da Presidência (Alfredo Mantovano). Oito estão a cargo do partido de Meloni, quatro são da Liga e seis do Força Itália. Outros seis são liderados por técnico.