Governo alemão autoriza concessão de 25% de um terminal do porto de Hamburgo ao grupo chinês Cosco
O Governo da Alemanha autorizou a concessão de parte de um terminal no porto de Hamburgo ao grupo chinês Cosco.
Segundo um comunicado do ministério germânico da Economia, a parte atribuída fica limitada a menos de 25%, em vez dos 35% previstos, alegando a proteção da "segurança e ordem pública."
Este é o último investimento, de muitos, que a China tem vindo a fazer nos principais centros de navegação em toda a Europa. Alguns estão inteiramente sob o controlo de Pequim.
O chanceler Olaf Scholz, que apoia a concessão chinesa, viaja para a China no próximo mês com uma delegação de empresários alemães.
No entanto, os parceiros da coligação governamental advertem o líder do Executivo contra a crescente influência chinesa sobre as infraestruturas estratégicas germânicas.
"Globalmente, é importante que tenhamos aprendido que depender de países que depois, devido aos próprios interesses, podem querer chantagear-nos já não é apenas um fenómeno abstrato... Veja-se o caso do gás e a Rússia. É uma realidade neste mundo. Não devemos repetir estes erros", refere o ministro da Economia, e do Partido Verdes, Robert Habeck.
O crescente investimento da China nos portos da Europa tem provocado vários debates no seio da União Europeia. O bloco tem vindo a atribuir cada vez mais importância à proteção das infraestruturas estratégicas desde o início da invasão russa da Ucrânia.
Os líderes europeus estão a tentar encontrar um equilíbrio entre atrair o investimento da China, limitando simultaneamente o seu potencial impacto na vida comercial da UE e nos interesses de segurança.