Dados foram compilados no relatório "Estado do Clima Europeu", colaboração do Prgrama Copernicus da UE e da Organização Meteorológica Mundial
O mês de outubro particularmente quente tornou-se numa poderosa ilustração das alterações climáticas.
E serviu também para reforçar os dados compilados no relatório anual sobre o "Estado do Clima Europeu", uma colaboração do Programa Copernicus da União Europeia e da Organização Meteorológica Mundial.
O relatório destaca que as temperaturas na Europa aumentaram mais do dobro da média global do planeta dos últimos trinta anos, sendo assim o continente a registar a subida mais acentuada.
Entre 1991 e 2021, o continente europeu registou um aumento médio de 0,5 graus Celsius por década.
Os glaciares dos Alpes representam um dos efeitos mais evidentes, perdendo nalguns casos até trinta metros de espessura nesse período.
A Europa registou também, no último ano, uma das épocas de fogos mais intensas das últimas três décadas, um fenómeno potenciado, nalgumas regiões, por vagas de calor particularmente persistentes e secas prolongadas.
E quando as chuvas finalmente chegaram, trouxeram em muitos casos consequências devastadoras, no quadro de fortes tempestades e precipitações recorde, provocando inundações e uma saturação dos solos, com consequências tão nefastas para as zonas agrícolas como as secas.
Mas nem tudo são más notícias no relatório, que destaca vários países europeus que estão a registar sucessos na redução das emissões poluentes, reduzidas em 31 por cento entre 1990 e 2020 na União Europeia, que continua a ter como objetivo uma descida de 55 por cento até 2030.