Biden para Xi: "Competição sim, conflito não"

Guerra na Ucrânia, situação em Taiwan e relações comerciais: Foram vários os pontos na agenda do encontro que pôs frente a frente os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, antes do início da cimeira do G20 em Bali, na Indonésia.
Numa altura em que Xi Jinping se fortalece no poder, em Pequim e endurece as ameaças de resolver pela força a questão de Taiwan, Biden frisa que a política dos Estados Unidos, nesta matéria, não mudou. Quanto ao comércio, diz: competição sim, conflito não.
"Vamos competir vigorosamente, mas não quero um conflito. Quero gerir esta competição de forma responsável e ter a certeza de que cada país respeita as regras internacionais. Discutimos a nossa política de China única e essa política não mudou. Opomo-nos a qualquer mudança unilateral no status quo e comprometemo-nos com a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan", disse Biden.
Guterres apela a pacto climático
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, chegou a Bali com a promessa de dar 210 milhões de euros para aliviar a crise alimentar global. Uma crise influenciada por fatores como as alterações climáticas. Lutar contra elas é um dos grandes cavalos-de-batalha da ONU, como frisou o secretário-geral António Guterres, que pediu um acordo entre os países mais ricos e os outros.
"É óbvio que precisamos de uma nova abordagem. Por isso, proponho um pacto histórico entre os países desenvolvidos e as economias emergentes, um pacto de solidariedade climática que combina os recursos de uns e de outros para benefício de todos", disse Guterres.
O G20 reúne os sete países mais ricos do mundo, que constituem o G7, a um conjunto de países emergentes e instituições. Esta cimeira, em que a guerra na Ucrânia está no topo das agendas, é marcada por uma ausência notável, a de Vladimir Putin. A Rússia faz-se representar pelo chefe da diplomacia,Serguei Lavrov.