Myanmar vai libertar cerca de seis mil prisioneiros

Myanmar (antiga Birmânia) anunciou, esta quinta-feira, a libertação de cerca de seis mil prisioneiros, entre eles quatro estrangeiros.
A iniciativa faz parte de uma amnistia alargada para assinalar o Dia Nacional da Vitória.
De acordo com o porta-voz do governo, Zaw Min Ton, serão libertados e deportados o professor australiano SeanTurnell, a embaixadora do Reino Unido no país Vicky Bowman, o realizador japonês Toru Kubota, de 26 anos, e o cidadão americano Kyaw Htay Oo.
Turnell é professor associado de Economia na Universidade Macquarie de Sidney. O homem de 58 anos foi detido num hotel, na cidade de Rangum, e condenado em setembro a três anos de prisão por, alegadamente, violar a lei dos segredos oficiais e a lei de imigração do país.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Austrália saudou a libertação de Turnell, assessor da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi.
Já Vicky Bowman, de 56 anos, foi detida em agosto passado com o marido, um cidadão birmanês. De acordo com a agência de notícias France-Presse também será libertado. Bowman foi acusada de crimes de imigração e condenada a um ano de prisão.
Toru Kubota foi detido em julho por polícia à paisana. No ano passado, o realizador japonês de 26 anos foi apanhado a recolher imagens e vídeo de um protesto contra o golpe militar.
Acabou por ser condenado em outubro a dez anos de prisão por, alegadamente, incitar à dissidência contra os militares e violar as leis de telecomunicações do país.
Kyaw, um botânico dos EUA, de origem birmanesa, foi acusado de terrorismo. Acabou por ser condenado a sete anos de prisão por alegados crimes cometidos contra o Estado.
Do grupo de prisioneiros a serem libertados fazem ainda parte 11 personalidades locais, de acordo com a estação de televisão estatal MRTV.