Malala Yousafzai reforça grito de ajuda das mulheres afegãs aos governos ocidentais

Malala Yousafzai marcou presença este fim de semana numa manifestação, na capital do Reino Unido, para chamar a atenção dos governos do mundo ocidental para a situação difícil das mulheres no Afeganistão.
Numa iniciativa organizada pelo movimento "Ação pelos Afegãos", a ativista paquistanesa pelos direitos das mulheres, Nobel da Paz em 2014, pediu aos governos para não ficarem em silêncio perante a opressão dos talibãs sobre as mulheres e "para fazerem mais para as ajudar".
"Temos de nos manter juntas contra a opressão dos talibãs e contra qualquer governo ou líder que recuse a ver ou a abrir a boca enquanto mulheres e crianças lutam sozinhas", afirmou Malala, de 25 anos, que se tornou famosa depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato há 10 anos, no qual era o alvo e foi atingida com um tiro na cabeça.
Desde a tomada do poder pelos talibãs, em agosto de 2021, as afegãs perderam o acesso à educação, viram a liberdade de circulação limitada ao acompanhamento de um homem da família e temem ser castigadas se criticarem o regime talibã.