Apesar do ligeiro alívio, o governo pró-europeu afirma que tem que estar preparado para lidar com as consequências da guerra na Ucrânia
O preço do gás importado na Moldávia pode sofrer uma redução este mês, uma boa notícia para muitas famílias a braços com contas de energia dez vezes mais elevadas do que há um ano.
O diretor da empresa Moldovagaz, Vadim Ceban, anunciou uma redução de 35 euros por 1000 metros cúbicos.
Mesmo assim, o diretor-geral da empresa parcialmente detida pelo gigante russo Gazprom, não afastou a possibilidade de mais aumentos.
Entre a população reina o descontentamento, muitos tentam poupar dinheiro mas as pensões baixas dão pouca margem de manobra.
"Estamos a tentar poupar dinheiro, mas isso está a tornar-se quase impossível. Sempre que a conta chega, o preço sobe em flecha. Com uma pensão de 1800 lei (aproximadamente 90 euros, Ed.), não se pode fazer nada hoje em dia", reclama uma cidadã reformada.
Os ataques russos contra o sistema elétrico ucraniano frequentemente resultam em apagões na Moldávia.
O governo afirma que não pode afastar a possibilidade de incidentes idênticos no futuro.
"Como governo, estamos preparados para tais cenários. Todos os serviços da Moldelectrica e de outras empresas de distribuição estão em alerta. No futuro, devemos reagir rapidamente e conectar todos os cidadãos o mais rapidamente possível", defende Andrei Spinu, vice primeiro-ministro da Moldávia.
O governo pró-europeu da primeira-ministra Natalia Gavrilița receia que a incerteza ligada ao fornecimento de energia e os preços elevados possam conduzir à instabilidade política no país.